Hoje, na aula do nono ano, entramos na questão do conceito de arte. Já escrevi um pouco sobre isso na postagem “Sobre o conceito de arte”, mas como surgiu novamente resolvi separar alguns vídeos para ajudar no debate:
E você, como entende o conceito de arte? Ele difere daqueles que aparecem no vídeo? Se aproxima de algum deles? Você consegue pensar em outras formas possíveis de entender esse conceito?
Conheça no link abaixo o trabalho de Clet Abraham, que faz intervenções urbanas nos sinais de trânsito.
– O que essas imagens provocam em você?
– Você já viu alguma coisa parecida?
– Como o trabalho desse artista se relaciona com o urbanismo?
No link abaixo há vários exemplos de trabalhos de arte interessantes. Que tal explorar um pouco?
Urbanismo é uma área de conhecimento que lida com a organização e planejamento das cidades. Por isso, ela está bastante relacionada com a arquitetura. Brasília, por exemplo, teve diversos prédios projetados por Oscar Niemeyer, mas quem planejou a organização da cidade e o formato de avião do plano piloto foi o arquiteto e urbanista Lúcio Costa. Esse planejamento, porém, não ocorre apenas na criação de uma cidade, mas é fundamental durante toda sua existência já que a população cresce e as demandas, dificuldades e soluções mudam constantemente.
Nos recentes protestos que ocorreram em todo o país, algumas
exigências faziam parte do planejamento urbano das cidade, como a questão da mobilidade, ou seja, da organização da cidade para a forma como as pessoas se movimentam, como se deslocam de um lugar para outro na cidade. Educação, saúde, áreas de lazer, áreas residenciais, setores industriais, emprego, tudo isso faz parte dessa função de se pensar a cidade, sua organização e seu funcionamento.
O vídeo abaixo foi feito por pessoas de São Paulo que apoiam o projeto de lei Tarifa Zero. Nele é explicado um pouco de como funcionaria essa proposta:
O Jogo de computador SimCity, que tem várias versões (incluindo algumas gratuitas online) é um bom exercício de urbanismo. Que tal experimentar um pouco? Lembre-se que a sua cidade pode ser bem diferente daquilo que você conhece.
Como na aula em que falamos sobre esse tema me perguntaram sobre utopia, deixo agora um vídeo do escritor uruguaio Eduardo Galeano, em que fala um pouco sobre a utopia e o direito ao delírio.
A linguagem publicitária é aquela das propagandas, que tem como objetivo principal persuadir as pessoas a consumirem
algum produto. No entanto diversas ideias e conceitos também são vendidas por meio dessa linguagem. Muitas vezes, por exemplo, o produto é associado à ideia de felicidade, assim, ao ver frequentemente aquela propaganda podemos acabar acreditando que um produto vai ser a chave da felicidade, o que certamente não é verdade. Mas essa linguagem também é usada para propagar ideias interessantes, como a campanha “um carro a menos” para incentivar o uso de bicicletas. Algumas características dessa linguagem são o uso de:
– Verbos no imperativo como “compre”, “coma”, “seja”;
– Cores associadas a tipos específicos de produto. Por exemplo, o amarelo e o vermelho, cores estimulantes, que podem ajudar a aumentar a fome, são bastante usadas em lanchonetes.
– Logotipos ou símbolos que são imediatamente ligados a uma marca;
– Slogans ligados a um produto, como “Loreal, porque eu mereço”.
Nas artes, a propaganda apareceu principalmente por meio da Pop art, que teve como um de seus principais nomes o artista Andy Warhol. Uma coisa bem interessante desse tipo de arte é que ele se utiliza de imagens extremamente populares e banais em um meio que historicamente prima pela unicidade das obras, pela originalidade, pelo status. Diversos artistas já haviam saído de tais padrões, mas na Pop art o consumo e o consumismo são postos em evidência.
– Você conhece outros trabalhos desse artista? Como são?
– Que outros artistas fizeram parte da Pop art? Como essas imagens se relacionam com as imagens publicitárias?
Agora observe os vídeos abaixo.
– O que você entende deles?
– Que discussões eles propõem em relação à linguagem publicitária?
– Observe as propagandas a sua volta. Que mensagens elas transmitem além de apresentar um produto? O que elas mostram sempre e o que não mostram?
O campo da moda por vezes se encontra com as artes visuais de formas bastante diversas. O desfile de Jum Nakao publicado na postagem anterior pode ser visto, por exemplo, como uma performance. Esta, nas artes, é compreendida como uma linguagem artística centrada em ações. Ela pode habitar áreas diversas, como as artes cênicas, as artes visuais, a música, a dança e a moda, e em possíveis interseções entre estas e outras áreas.
Três exemplos que vimos de artistas que possuem trabalhos feitos entre a moda, as artes visuais e as artes cênicas são Flávio de Carvalho, com a Experência número 3 ou “New Look”, Hélio Oiticica, com os “Parangolés”, e Laura Lima com o “Loja costumes”.
O “New Look” de Flávio de Carvalho foi realizado em 1956, em São Paulo, na muito 
conhecida Avenida Paulista. Na ocasião, o artista elaborou uma vestimenta masculina que considerou mais apropriada para o nosso país tropical (ao invés do terno e gravata habituais), e caminhou com o traje pela avenida. Antes de produzir essa vestimenta controversa, o artista estudou roupas e figurinos, e chegou, inclusive, à conclusão de que cores escuras e linhas retas estão mais relacionadas a períodos de conflito e cores vivas e linhas curvas a momentos de paz e tranquilidade.
Observe as imagens.
O que você acha desse traje?
Ele provoca algum estranhamento?
Leia as anotações do artista. O que elas acrescentam na percepção desse trabalho?
Como são as linhas e as cores que o artista escolheu? O que isso pode significar?
O artista Hélio Oiticica teve uma produção vasta, que foi desde experimentações formalistas como parte do grupo concreto, até a produção de instalações e performances coletivas. Estas últimas são possivelmente seu trabalho mais conhecido, o chamado “Parangolé”, realizados no final da década de 60. Oiticia produziu vestimentas com os mais variados materiais para que fossem utilizadas e movimentadas. Sendo assim, seu trabalho só se completava em movimento.
Laura Lima é uma artista que trabalha com performances em que outras pessoas executam a ação, diferente da maior parte dos/as artistas que costumam participar das ações de seus trabalhos. Em sua obra “loja costumes”, Laura Lima disponibiliza uma série de vestimentas transparentes e estranhas para que o público vista e se movimente com elas, ou seja, o público acaba performando no lugar da artista. 
O que uma vestimenta que modifica o corpo sugere?
E o fato de ser uma roupa transparente? Qual deve ser a sensação de usar uma peça assim?
Você já viu outros trabalhos de arte que fazem uma relação com a moda? Quais?
Sala de artes virtual 