Espaços culturais em Brasília

Queridos/as,

como comentei em sala, há diversos espaços culturais com programações interessantes além do CCBB, que visitamos semana passada.  Alguns desses são a Funarte (com dois teatros, uma galeria e espaço externo que recebe vários festivais bacanas), o Conjunto Cultural da Caixa (com teatro que recebe apresentações de teatro, música e dança, além das galerias), o Teatro Nacional (também com exposições, peças, espetáculos de música e dança) e o Museu Nacional (com exposições e festivais e shows na área externa). No CCBB há tanto exposições como shows, teatros, palestras, oficinas, e mostras de cinema. Recomendo fortemente que vocês frequentem todos esses espaços. Brasília está cheia de coisas interessantes, só precisamos saber onde procurar! 😉

Alguns sites com programações culturais são

http://www.candango.com.br/newcandango/home/

DeBoa Brasília – Festas e Shows

http://www.brasiliagenda.com.br/

No caso do CCBB há um ônibus gratuito que vocês podem pegar em alguns pontos da cidade.

Os horários do ônibus são os seguintes:

Terça a sexta:

3529945484_3f3128435f

Galeria dos Estados: 11h, 11h55, 13h, 13h50, 14h55, 15h45, 17h, 17h50, 18h55, 20h, 20h45 e 21h50.

Biblioteca Nacional: 11h05, 12h, 13h05, 13h55, 15h, 15h50, 17h05, 17h55, 19h, 20h05, 20h50 e 21h55.
UnB Inst. de Artes: 12h10, 14h05, 16h, 18h05 e 19h10.
UnB Biblioteca: 12h15, 14h10, 16h05, 18h10 e 19h15.
CCBB: 11h35, 12h40, 13h30, 14h35, 15h25, 16h40, 17h30, 18h35, 19h40, 20h25, 21h30 e 22h45.

Teatro Nacional: 11h45, 12h50, 13h40, 14h45, 15h35, 16h50, 17h40, 18h45, 19h50, 20h35, 21h40 e 23h*.

Sábados, domingos e feriados:
Galeria dos Estados: 11h, 11h50, 12h55, 13h45, 14h55, 15h50, 16h55, 17h50, 18h45, 19h50, 20h35 e 21h45.
Biblioteca Nacional: 11h05, 11h55, 13h, 13h50, 15h, 15h55, 17h, 17h55, 18h50, 19h55, 20h40 e 21h50.
UnB Inst. de Artes: 12h05, 16h05 e 19h00.
UnB Biblioteca: 12h10, 16h10 e 19h05.
CCBB: 11h25, 12h30, 13h20, 14h30, 15h25, 16h30, 17h25, 18h30, 19h35, 20h20, 21h30 e 22h45.
Teatro Nacional: 11h35, 12h40, 13h30, 14h40, 15h35, 16h40, 17h35, 18h40, 19h45, 20h30, 21h40 e 23h*.
Setor Hoteleiro Norte – ao lado da Torre de TV: 11h45, 12h50, 13h40, 14h50, 15h45, 16h50 e 17h45.

* desembarque

 

Exposição “Resistir é preciso”

topo_resistir

Terça-feira fomos para o Conjunto Cultural do Banco do Brasil e uma das exposições que visitamos foi  “Resistir é preciso”.chargeditadura2

A exposição fala da produção visual de resistência ocorrida no período da ditadura militar no Brasil. Lá, vimos que esse período começou em 1964, com um golpe que tirou do poder o presidente João Goulart, e durou mais de 20 anos. Em todo esse tempo a população não podia eleger seus representantes e qualquer crítica ao regime era severamente reprimida. Vários casos de tortura e assassinato por parte dos militares foram revelados, embora a maior parte dos torturadores não tenha sido julgada (hoje há um movimento no Brasil que luta pela abertura dos arquivos desse período e julgamento dos militares que participaram de crimes desse tipo).

copa-de-1982-na-espanha-tem-charge-inesquecivel-de-jaguar-satirizando-musica-da-epoca-que-dizia-pra-frente-brasile-aquela-corrente-pra-frente-publicada-no-saudoso-pasquim-em-plena-1373494724280_827x1080A imagem ao lado é uma charge desse período que utiliza frases de propaganda que eram utilizadas pelos militares como, “Brasil, ame-o ou deixe-o”,  “ninguém segura esse país” e “Pra frente Brasil!”. Essa frase última frase também fazia parte de uma música que celebrava o futebol, que foi utilizado nesse período como foco de distração para a população não perceber o que se passava politicamente. A outra frase que está na charge, em letras menores, diz “aquela corrente pra frente”. Como se pode ver, o humor, a ironia e as metáforas eram bastante utilizados por artistas e jornalistas que faziam parte da resistência.

O jornalista Vladmir Herzog, que trabalhava com denúncias da ditadura, morreu após ser interrogado. Após o ocorrido divulgaram uma foto do jornalista enforcado, como se tivesse cometido suicídio, mas o corpo estava com os joelhos quase no chão. Ninguém acreditou na história e várias ações de resistência foram desencadeadas pelo fato. O artista Cildo Meireles, por exemplo, fez um trabalho insercoes_em_circuitos_ideologicos_cedula_Cildo_Meireleschamado Inserções em circuitos ideológicos onde carimbou diversas notas com a frase “quem matou herzog?” e as colocou em circulação. O humorista Latuff, em 2007, fez uma charge sobre o ocorrido em memória do jornalista e com forte crítica ao jornal Folha de São Paulo.

herzogOs cartazes e jornais clandestinos também foram importantes meios de veicular informações. Hoje temos a internete e as redes sociais, mas antes, durante as décadas de 60, 70 e 80 era preciso imprimir panfletos, jornais e cartazes para divulgar o que estava se passando e para questionar o regime.

Você percebe alguma semelhança entre os trabalhos que vimos e os imagens feitas por manifestantes nos protestos recentes, tanto no Brasil quando em outros lugares?

– Será que a arte se relaciona com a política frequentemente?

– Você conhece algum trabalho de arte que considere político?

– Será que um trabalho de arte só é político quando fala do governo, ou política está também relacionada com outras coisas?

– Existem motivos, hoje em dia, para se fazer trabalhos visuais que protestam contra ou a favor de algo? Quais são esses motivos? Conhece trabalhos que abordem esses temas?

Mais sobre arte política – http://novo.itaucultural.org.br/materiacontinuum/uma-arte-politica/

Sobre organização que promoveu a exposição http://www.resistirepreciso.org.br/

Intervenção Urbana – Clet Abraham

CletAbraham12

 

 

Conheça no link abaixo o trabalho de Clet Abraham, que faz intervenções urbanas nos sinais de trânsito. 

http://www.hypeness.com.br/2013/08/artista-de-rua-usa-adesivos-para-intervir-em-placas-de-transito-com-humor/

– O que essas imagens provocam em você?
– Você já viu alguma coisa parecida?
– Como o trabalho desse artista se relaciona com o urbanismo?

No link abaixo há vários exemplos de trabalhos de arte interessantes. Que tal explorar um pouco?

http://www.hypeness.com.br/category/arte/

Figuração e abstração

Tomie Ohtake, Sem título, 1959, óleo sobre tela, 75,5 x 95,5 cm, Coleção da artistaUma das possíveis divisões de imagens é a que diz respeita à figuração e abstração.

São consideradas abstratas as imagens que não possuem uma forma reconhecível. Por mais que possamos achar que uma forma abstrata pareça com essa ou aquela coisa, essa compreensão não é compartilhada com as outras pessoas. Onde eu vi um pato, por exemplo, outra pessoa pode achar que é apenas uma mancha e outra pode achar que lembra uma casa.

As imagens que, por outro lado, mostram coisas que reconhecemos, são asgentileschi_allegoria chamadas figurativas. Essas podem ser tanto naturalistas, quando se aproximam bastante do real, quanto estilizadas, quando são bem diferentes das figuras que vemos.

Durante muitos anos, os artistas ocidentais procuraram se aproximar cada vez mais de imagens que reproduzissem com muita fidelidade o real. Por isso, quando vemos pinturas antigas, muitas vezes elas se parecem com fotografias. Contudo, quando a fotografia surgiu e foi se popularizando, os/as pintores/as que buscavam reproduzir a realidade se viram em um impasse. Qual era o sentido de se esforçar tanto para fazer algo que uma máquina faria com mais velocidade e precisão?

Várias pessoas acreditaram que seria o fim da pintura, mas houve aqueles que tomaram a questão como um desafio e mudaram sua forma de fazer pintura. Por isso, ao olharmos para a história da arte europeia, podemos ver que a partir do impressionismo as representações mudam drasticamente e tanto as figuras começam a se distanciar do real, quanto são valorizados elementos de cada linguagem de forma isolada, como a cor, a forma e a textura. É aí que a arte abstrata vai se fazer mais presente no ocidente, após um longo período de busca de representações naturalistas.

Esse processo também ocorre na arte brasileira. Veja o vídeo abaixo, que explica um pouco da abstração e figurativismo na arte brasileira.

 

 

Aproveite e visite a exposição que está acontecendo agora no Centro Cultural da Caixa:

“Figurativismo argentino contemporâneo”
De 14 de agosto a 13 de outubro, de terça-feira a domingo, das 9h às 21h
SBS Qd. 04, Lt. 03 e 04, Conjunto CulturalBrasília.
Entrada franca